Dr. Mário Feitoza de Carvalho Freitas Filho
Cirurgião Geral
Com informações do INCA e Oncoguia
O que é?
São os todos os tumores malignos que acometem o intestino grosso (o cólon) e o reto. Trata-se de uma doença potencialmente curável quando detectada precocemente. No Brasil é o segundo tumor mais frequente nos homens e o terceiro nas mulheres. Foram registrados cerca de 34.280 casos novos em 2016. Na maioria das vezes se inicia a partir de lesões intestinais benignas chamadas de pólipos que se removidas a tempo podem evitar o desenvolvimento da doença.
Fatores de Risco
A idade superior a 50 anos, o consumo excessivo de alimentos gordurosos, de carnes vermelhas, embutidos (salsichas, mortadelas, etc.), o sedentarismo, a obesidade, o tabagismo e etilismo são os principais fatores de risco dessa doença. Além disso, devemos citar os fatores hereditários (câncer em familiares do primeiro e segundo grau), síndromes genéticas como a polipomatose familiar e as doenças inflamatórias intestinais que estão frequentemente associadas ao câncer colorretal.
Sintomas
Mais frequente em pessoas com mais de 50 anos manifesta-se principalmente com o aparecimento de mudanças no hábito intestinal (diarréia ou constipação), dor abdominal em cólica, sangramento nas fezes e dor ao evacuar. A perda de peso e a anemia sem explicação também são sinais de alerta. Caso haja a presença desses sintomas um médico deve ser procurado.
Diagnóstico
A colonoscopia é o principal exame de rastreamento e diagnóstico do câncer colorretal. Este exame consiste na introdução de uma câmera pelo ânus que tem o objetivo de estudar o reto e todo intestino grosso. Permite a identificação de lesões precoces ou avançadas, a realização de biópsias e muitas vezes a remoção completa de pólipos que venham a ser encontradas. O exame é realizado com o paciente sedado e requer um preparo intestinal prévio com uso de laxativos.
Estadiamento
Uma vez estabelecido o diagnóstico faz-se necessário verificar a extensão da doença. Para isso, são utilizados exame físico, laboratorial e de imagem como a tomografia computadorizada e ressonância magnética. Desse modo se permite definir se é doença localizada ou se há presença de metástases a distância.
Tratamento
O tratamento é baseado no estadiamento da doença e pode envolver cirurgia, quimioterapia e radioterapia. A cirurgia consiste de remoção de parte do intestino acometido e de sua drenagem linfática, muitas vezes com reconstrução imediata, porém sempre existe a possibilidade de colostomias provisórias ou até mesmo definitivas.
Prevenção
Consiste em adotar hábitos saudáveis evitando os fatores de risco. Recomenda-se uma dieta rica em frutas, verduras e vegetais, evitar o excesso de gorduras e carnes vermelhas. Adotar os exercícios físicos regulares evitando assim o sedentarismo e a obesidade. Combater o tabagismo e o etilismo são importantes medidas de prevenção. O rastreamento com o exame de colonoscopia é recomendado a partir dos 50 anos e em pessoas com histórico familiar mais precocemente.
Números e estatísticas:
Estimam-se 36.360 novos casos no Brasil em 2018, sendo 17.380 homens e 18.980 mulheres;
É o terceiro mais frequente em homens e o segundo entre as mulheres;
O câncer de cólon e reto possui relevância epidemiológica em nível mundial, uma vez que é a terceira neoplasia maligna mais comumente diagnosticada e a quarta principal causa de morte por câncer.
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