Texto: Ewerton da Silva Medeiros Fonte: Oncoguia, Oncomakers e INCA
Um dos momentos mais sublimes da vida de uma mulher, com certeza é o momento da gravidez. Gerar uma vida dentro de si é algo maravilhoso e por isso deve-se respeitar todas as medidas de cuidado e proteção que esse período exige, ainda mais se tratando de uma futura mamãe que tem câncer.
O objetivo principal de se tratar uma mulher grávida com câncer, é o mesmo de se tratar uma mulher não grávida. Curar o câncer sempre será a meta, ou ao menos controla-lo durante o período de gestação.
O diagnóstico precoce, assim como em pessoas não gestantes é fundamental para dar o início ao tratamento. Se assim for, maiores serão as chances de cura. E por ser gestante, os cuidados especiais com o feto são igualmente importantes para o seu desenvolvimento sadio.
Outro desafio do diagnóstico de câncer na gravidez são os exames em si. O recomendado é não utilizar radiação ionizante, em exames como o ultrassom. Embora a mamografia não seja contraindicada, a gestante deve utilizar um avental de chumbo para proteger a barriga. Exames como a biópsia líquida, que identifica a presença de células circulantes de tumor na corrente sanguínea, também podem ser recomendados para casos de câncer e gravidez.
Em geral, os médicos costumam tratar o câncer na gravidez de forma que possam controlar ou diminuir o tumor até o nascimento do bebê. A partir daí, podem estudar a realização de procedimentos mais radicais sem oferecer riscos ao bebê.
Vale lembrar que tratamentos mais invasivos e agressivos como a quimioterapia, devem ser evitados pelo menos durante os três primeiros meses de gravidez. Isso porque os medicamentos usados nesses procedimentos podem oferecer riscos à saúde e bem-estar do feto.
Já a radioterapia não é recomendada em qualquer fase da gestação. A radiação pode causar efeitos colaterais ao bebê, por isso deve ser utilizada somente no pós-parto.
Outra preocupação frequente das mamães com câncer, principalmente as que tem o câncer de mama, é como se dará o período de amamentação dos bebês.
A grande maioria dos médicos recomendam que as mulheres que acabaram de ter bebês e que estão prestes a serem tratadas contra o câncer, principalmente o de mama, devem parar ou não iniciar a amamentação.
Se a cirurgia da mama for planejada, parar a amamentação ajuda a reduzir o fluxo sanguíneo para as mamas e as torna menores, facilitando a cirurgia. Também auxilia a reduzir o risco de infecção na mama, evitando que o leite materno seja coletado em biópsias ou ressecções cirúrgicas.
Muitos medicamentos quimioterápicos, hormônios e terapias alvo podem chegar ao leite materno e serem dessa forma consumidos pelo bebê, por isso não é recomendada a amamentação durante a quimioterapia, hormonioterapia ou terapia alvo.
A verdade é que o câncer, independente de qual for o tipo, não deveria e nem poderia te impedir de tentar ser uma mamãe plena e realizada. E cá entre nós, tomar as medidas necessárias e se tratar da melhor forma possível, ainda que se não existisse um “serzinho” dentro de você esperando para te conhecer, imagine com essa “fofurinha” aí dentro? Seguir as orientações médicas e se cuidar sem sombra de dúvidas é e sempre será a melhor opção para você e seu bebê!
Kommentare